sábado, 26 de dezembro de 2015

Antes que...

     

     Tem algo que preciso te dizer, precisa ser forte, não questione, não chore, precisa me entender.
     Eu não gosto mais de você. Você me ocupa todo o pensamento, aparece nos meus sonhos sem avisar, intrometido vem como se fosse ficar, mas quando acordo a saudade só faz aumentar.
      Eu não gosto mais de você. O corpo transpira o teu querer, sedento, pede para que venha, venha sem medo, deixe o desejo o dominar, deixe em seus cabelos eu tocar, deixe que em seu abraço eu possa sempre estar, e nunca mais soltar, pois ali me sinto segura, me sinto pura e necessito ficar.
       Mas você precisa saber que não gosto mais de você. Minhas mãos anseiam por teu corpo, minha boca quer te beijar, beijar sem parar ate o fôlego faltar, e assim um pouco parar e te olhar nos olhos que acho tão lindos, e novamente perder o ar pois é isso que teus olhos me fazem. Perder o ar, o sentido, perder-me do mundo em que vivo.
        Oh meu Deus eu não gosto mais de você, quero entender como consegue estar em mim se eu mesma já não estou. Se nesse mundo tudo viesse a se perder e eu tivesse você, mesmo assim seria feliz. As pedras dessa cidade não podem dizer do que sinto la dentro, e é por você, só não se iluda, não te gosto mais, o que sinto é apenas algo que me consome o corpo, a mente, o tempo e tudo o mais que possa imaginar, é somente isso.
         Tenho que te dizer algo, não te gosto mais, percebi que te amo, me parece que amar é maior do que gostar, pois nunca senti algo tão forte e profundo, maior que todo o mundo. Eu sou você, seus sonhos, sou o sorriso nos teus lábios quando me beija,  sou o arrepio na pele quando deseja. Eu sou. Você é, meu porto quando me sinto insegura, é o brilho nos meus olhos quando me leva à loucura, é o meu coração que quer sair pela boca quando me toca, pode ate ser um céu e um inferno, num curto espaço de tempo que mesmo sem intento, vem e me sufoca. Eu te amo e acho que é ainda maior, eu só não sei que nome dar a isso, e é por isso, preciso ter você, antes que fique pior, antes que eu fique menor, antes que...

Elica Cardoso

sábado, 5 de dezembro de 2015

Pegarei meu coração de volta



Tudo ficará bem
Não chore
Não derrame uma lágrima
Quando você acordar
Ainda estarei aqui
Quando você acordar
Combateremos todos os seus medos
E agora eu
Pegarei meu coração de volta
Deixo suas fotos no chão
Roubo de volta... minhas lembranças
Não aguento mais
Sequei minhas lágrimas
E agora encaro os anos
O jeito que você me amou
Dissipou todas as lágrimas
Apenas um pouco de tempo
Foi tudo o que precisamos
Apenas um pouco de tempo para que eu visse
A luz que a vida pode te dar
Como isso pode te libertar?
Então agora eu
Pegarei meu coração de volta
Deixo suas fotos no chão
Roubo de volta... minhas lembranças
Não aguento mais
Sequei minhas lágrimas
E agora encaro os anos
O jeito que você me amou
Dissipou todas as lágrimas

-Antes que termine o dia.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Desapego




É necessário que seja sincero. O coração me pede sua presença a todo instante, eu espero. Seja sincero, diga que não dá, olhe nos olhos, não minta, não pode mentir, não pode ferir. 
As lágrimas as vezes aparecem, sem um motivo para parar, mas é o coração quem sabe, que quando elas vêm é porque você não está. É necessário que seja sincero, diga que nao vai voltar, o corpo pede sua presença, e por uma constância que quase chega a matar, o que de bom há, que talvez não seja para lhe dar. 
É necessário que seja sincero, tenho mania de me acostumar, fácil as vezes falar, mas acostumei meu coração a nunca se apegar, de forma que não consiga se soltar. Mecanismos, falta do realismo, quando diz que vem, acho um bem, que quando não, sinto que é bom, tudo é bom, qualquer coisa esta bem. Assim meu bem, não precisa ser de obrigação, o que dá o coração, tem que ser de própria vontade, mesmo que haja um impasse, de não haver retribuição. 
É necessário que eu seja sincera, tenho me dado pouco, me contentado com roucos sussurros, que por cima do muro não podem gritar. Quero a estranhesa de me doar, por inteira, e quem sabe me decepcionar, mesmo que não queira, pois é nisso que se resume o viver, para poder ter o amor a flor da pele e esperar que não espere, o momento certo da loucura, do beijo, do abraço da fartura de sentimentos. Seja sincero diga que tem medo. Eu entendo, só que esse medo, me causa dor, por isso venho treinando o desapego, deixo que se for, um dia será. Deixo que vá.

Elica Cardoso

sábado, 12 de setembro de 2015

Sem possibilidades do amor.

   


        O vento frio entrou por debaixo do cobertor, como quem procura desesperadamente um abraço pra se aquecer. A manhã havia chegado e ela trazia o brilho de um dia lindo e maravilhoso que eu não queria ver. Os tons de cinza deram uma trégua, eles não estariam pra mim naquele momento, assim como eu não me tinha para aquele dia, ninguém me teria.
     Aquele abraço frio, faria me lembrar as noites de chuva, quando por descuido, ou de propósito, deixava algumas gotas molharem o corpo, sem modéstia, deixando a alma encharcada de ausências, espaços, compassos, existência. Ou somente lavando-a de toda amargura dos cafés requentados que tomei esperando que aparecesse, quem sabe ao menos pra dizer que não poderia ficar. Ouvir um 'tenho que ir' machuca, e só percebi isso agora. Meu Deus, que não seja tarde demais.
       As lembranças dos lábios que se tocam sem prévio aviso, da presença que necessita se ausentar, o vento gelado que novamente chega pra ficar, agora na procura da solidão como companhia. É que o sentimento ocupa muito mais do que a memória. Como saber onde a saudade se localiza se nem mesmo os olhos se encontram mais. Onde fica guardada a vontade do sempre? Dentro do pensamento que precisa ser esquecido? Num lugar onde não há possibilidades, nunca serão contadas, as histórias de depois de amanhã. 
       O vento frio chega dessa vez para despertar. Sair do torpor. Os pensamentos invadem agora procurando a saída, não cabem mais no espaço de um talvez, ou de um seria. 
       Precisa acabar, como dói.
       Precisa acabar.
       Pensamentos de toda uma noite sem dormir... 


Madrugada - 12/09/2015 - 02:27 hs


Elica Cardoso
     
       
     

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

'Sentimentando' Ele, num fim de tarde

      

         

         Lembro de ouvir alguém dizer.
- Você encontrará pessoas boas e especiais pelo caminho. Eu não sabia o que isso significava. Não dei importância.
        Ele costumava ser algo distante. Mas quando olho em seus olhos, vejo o quão próxima eles me fazem querer estar. É estranho, um sentimento somente sentido e não entendido. Não reclamo, acho bom, assim como o som, da voz que me acorda pela manhã.
      Já não há espaços dentro do abraço, o ar me falta, a boca não fala, o que me causa, quando se aproxima. A voz trava, o pensamento se atrapalha, e quando diz que vai, o desejo é dizer, fica. 
         A falta aumenta, a ausência ocupa o pensamento, que já não se acomoda mais dentro de mim, nem por um momento. O questionamento vem em seguida, por que após a partida, o coração já sente a despedida, querendo o reencontro antes da volta, na ida? 
         Não digo que seja insegurança, mas ele tem um abraço que me protege de qualquer tipo de medo, parece que ali não há a tempestade, apesar de amá-la quando vem sem maiores estragos. O trato do coração que se aperta, um com o outro, como quem conversa, pertinho com medo de que aquele momento seja roubado por uma distancia cheia de 'ladrõezinhos' que adoram fazer com que esses momentos nos tragam arrependimentos por falta de uma palavra, quem sabe um gesto, ou uma risada que distraia o resto.
          Tem um charme que meus olhos não conseguem enxergar em ninguém mais, é lindo de transbordar, carinhoso de amar, atencioso de me encantar, ele faz meu coração palpitar quando o vejo sem prévio aviso. O melhor é que nem sabe disso, por isso o texto, é necessário que se escreva, pois quando não há a coragem do falar, as mãos precisam se expressar, conter não é o melhor a se fazer, melhor calar.
        Ainda arfa o peito, a lembrança dos braços apertados ao redor do corpo, o momento em que tudo deveria parar, tudo deveria calar, mas o pensar tão cheio de atitudes, sem poder se libertar angustia a alma, a vontade de não largar, não deixar que fique longe dos meus olhos, dos meus braços e abraços. 
        Ele que tem me cativado. 
        Ele que quero sempre ao lado. 
        Ele que fala e sua voz traz a calma de uma tarde de outono. 
       Ele que não sabe que é o dono, de um sorriso que arrepia. 
      Ele que não imagina, que no dia a dia, na rotina, tem se tornado a minha melhor companhia. 


Elica Cadoso

domingo, 2 de agosto de 2015

Meu ultimo cigarro

     


  Encontrei Deus na beira de uma decisão, antes mesmo dele me achar. Fumando o meu último cigarro eu perguntei. Por onde andou ?
Ele me disse. Fique a vontade, pergunte o que quiser.
      Onde você estava quando tudo começou a dar errado?
Minha vida seguiu como uma carta que nunca chegou ao destino . Tudo o que eu queria, o que eu precisava era de um telefonema, segurando um celular que nunca tocou. Uma notícia, algo como "fique tranquila, estou vendo ".
      Relaxe, o cigarro acabou, as cinzas estão pelo chão, e eu seguindo pela direção contrária.
      A brisa no meu rosto diz, não chore. Precisa ser forte. A direção contrária diz, não volte. Precisa seguir em frente.             O que o meu coração diz? Não solte. Não se perca. Não volte, não me esqueça. Jamais me esqueça.
      Não costumo dar ouvidos ao coração.


Elica Cardoso.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Como um dia nublado

      


 Talvez você não saiba, mas vou te contar. Quando te vi percebi ser especial, o teu falar, o teu jeito, teus sons, brincadeiras e sorrisos. Que vistos de longe talvez passem despercebidos, porém um pouco mais perto, sentidos, fazem cativar.
       Talvez nunca te disseram. Que os dias tem sido melhores, que a companhia vem com a manhã, e que por todo o dia, alegra-me, se preocupa, aconselha e me faz sorrir. E que as noites tem sido mais calmas, menos solitárias pelo simples fato de estar aqui.
       Talvez nunca disse, que suas palavras tem curado, que os momentos ruins, tem ficado no passado, e que sempre espero enquanto acordada, um beijo de boa noite, um cheiro e um abraço apertado. (de urso)

        Talvez não perceba, mas é doce com as palavras, é lindo com a alma, bondoso de coração, simples como um menino que corre descalço, sobe em árvores, livres passos que o leva em direção, ao horizonte, onde nada, nem mesmo a tristeza que dói sempre por vir com uma delicadeza infinita, possa roubar o mais lindo sorriso que em ti habita.
         Talvez nunca ouviu, mas adoro você, como um dia nublado. 

        


Elica Cardoso

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O trem acaba de chegar

        

O vento atrás de mim diz que é hora de partir, seu trem acaba de chegar, embarque nele e não olhe pra trás, não olhe para mim. Meus olhos não podem ver, meu corpo não pode entender, eu jamais o deixaria, mas ele não pôde ficar. O trem partiu, e com ele toda certeza do medo. Mas e se eu for o seu lar? e se eu for o lugar para onde deve ir? 
        Está indo para o lugar errado, os anjos dizem - volte! E eu lhe peço, ouça a voz dos anjos, somente esta noite. Lhe deixarei em paz, mas somente esta noite ouça a voz dos anjos, eles dizem - volte!
        As ruas lembram-me os seus passos, sempre tão distraídos. Sinto que devo ir. O meu trem acabou de chegar, e eu devo embarcar, não posso olhar pra trás, não posso olhar para você. Eu sei que seu corpo não pode aceitar, sua alma não se conforma com haver me perdido. E eu não sei se estou no caminho certo, e se você for o meu lar? e se você for o lugar para onde eu deva fugir?
         Os anjos dizem - Volte! E te ouço pedindo para que eu ouça a sua voz, somente esta noite eu paro pra ouvir a voz dos anjos que dizem - Volte. Encontrarás o caminho no vento que sopra atrás de ti. Volte!
         O trem acaba de chegar, e o vento atrás de mim diz que é hora de voltar para casa. Não embarque, volte para casa. Os anjos dizem...



Elica Cardoso

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Rimas descompassadas, meu coração

         

         Quis falar as palavras que só existem em meu coração, mas a boca não se abre, por isso a necessidade de escrever. 
         A vida como o amargo na boca, remédio que não cura, tão pura que quase me deixa louca. Tragam -me a doçura, doçura que soa rouca, aos ouvidos que não querem entender, nada podem fazer, com a dor que não se explica, não há onde chegar, soluços, aflita. O frio que envolve a pele, arrepio, que assusta persegue, sutil, olhando com olhos gigantes, sombrios, à penumbra da noite pensante, pensando porque ainda calada, a boca continua fechada, engole a seco, não reclama, não murmura, nada. Passo, não passo onde esteja, não beijo quem me beija, não aceito o outrora, que se perdeu com o tempo lá fora, aflora, a alma que chora, namora, o que não se toca. As mãos que caminham lado a lado e não se conhecem, porque? me diga eu quero saber o que acontece, com o sol que se põe e depois amanhece, sem que eu me despeça ao fazer uma prece, vá e não volte, não vou chorar a perda do que me deste. Serei feliz, um dia feliz, ta demorando tanto, que nem sei se a quis, de verdade em minha vida, vou passando sem intriga, aqui não é meu lugar, vou passando até um dia encontrar, a forma da boca abrir e poder te falar, que no meu coração as palavras que existem só sabem te amar.

Elica Cardoso
         
         

sábado, 9 de maio de 2015

Tenho medo

    


Dia ruim, e não é só o tempo nublado lá fora que me mostra assim, o peso das nuvens carregadas do céu se juntaram as que a alguns dias residem o meu olhar.
    Sensação de que não ha mais o que se fazer, o tempo desmorona lá fora, e a minha vida tenta juntar os pedaços desse coração que já não é mais amor. Congelou-se.
    O tempo está correndo e eu espero o dia do último trem passar, me levar. Quem sabe tudo melhore, quem sabe eu consiga tudo o que ficou pelo caminho de volta. Quem sabe a porta ainda não esteja trancada pelo lado de fora, e eu ainda possa sair, me libertar dessas nuvens cinzas que me cercam.
    Imaginei de verdade que iria viver algo diferente, que me fizesse renascer.
    Em que parte do caminho soltei sua mão vida? Não se distancie, eu tenho medo. Fique comigo, eu tenho medo. Me abrace, eu tenho medo.
   A noite ta vindo, e ela trás o escuro e a solidão.
Tenho medo.


Elica Cardoso

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Digo, e não se faz entender



     Digo do calor, dos lábios que se tocam sem prévio aviso, com uma doçura quase entorpecente. As mãos trêmulas que tocam com receio, euforia do coração que acelera cada vez mais deixando-me com falta do ar que tanto procuro nesse momento. 
    Acalme-se! Acabou... mas a minha mente tão cheia de tudo, agora com um só foco. Estou tão acostumada a ter vários pensamentos me consumindo que o fato de um só estar tomando conta desse furacão de ideias me causa arrepios, medo. 
    É que digo do som da voz sussurrada ao pé do ouvido, e do sorriso após um instante de viagem. Digo do novo, aquilo que nunca disse, aquilo que é velho no momento, aquilo que agora ocupa o pensamento. 
    Digo, e sem dizer, pois não há palavras.

O que a vida tem me proporcionado... aceito e agradeço. 

Elica Cardoso.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Não podem ver!




Estampado na cara.
Como pode um sentimento emergir de dentro, deixando as coisas assim tão visíveis, como se fosse violentada em praça pública, gritando assim para tudo aquilo que possuir ouvido. _Você não está feliz!
Não lhe passou pela cabeça nem um pingo de dúvida ao dizer isso. Havia em suas palavras algo forte, uma convicção que somente ele conhecia. Fiquei em choque, ninguém me despira daquela forma antes, como pude deixar. 

Não podem vir, não podem ver, sempre feliz, sempre com um sorriso no rosto, otimista, sempre de cabeça erguida, é assim que tem que ser. Sempre! 
Mas assim, também, sempre fria, sempre distante, sempre sozinha. Encobrir, não sentir. 

Elica Cardoso

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Sinto dizer


A estação mudou e não posso dizer que não percebi as mudanças que ela trouxe. Como não perceber se foram arremessadas literalmente em meu rosto como um vento impetuoso cheio de tristezas e folhas secas, causando cicatrizes, rugas, e quem sabe algumas olheiras. A cama já me tem por mais tempo o que não posso dizer o mesmo dos meus sonhos, o meu rosto amassado no espelho diz da violência das lágrimas esbofeteando a face, escorrendo entre os dedos que tentam detê-las, em vão.
__Tenho que dizer das roupas que ficaram no armário, um dia mando-as de volta junto com todo o resto de você que ainda vive em mim. Preciso de espaço, por isso a desocupação de seus beijos da minha mente, por isso a expulsão dos teus jeitos e trejeitos de minha memória.
__Sinto dizer mas... Tudo mudou! Ando descompassadamente pelas ruas, música aos ouvidos, pensamento na lua, nua crueldade do abandono, faz de minha saudade um trono, quem dera eu fosse o dono de toda felicidade que meu ser almeja, um dia tê-la, e vivê-la. 
__Sinto dizer mas, vou ficando por aqui, adeus e até um dia, quem sabe quando a próxima estação poder vir.


Elica Cardoso

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A solidão dói



Incrível é imaginar como uma lembrança renasce de momentos onde não se espera muita coisa. 
Eis ai meus pensamentos expostos novamente, como se eu mesma gritasse da janela do meu quarto aos quatro ventos '' ME SINTO SÓ! '' . Como pensamentos doem, e lembranças boas doem ainda mais. 
Outrora foi-se o tempo onde eu era feliz, foi-se os risos mais sinceros e toda loucura a flor da pele. Hoje me resta um fingimento feio, que não convence nem a mim mesma. Olha só ali vai um coração cheio de dramas e frustrações fingindo ser amor. Pobre coração, encheu-se de vazios constantes, sobra tanta falta de tudo, tanta falta de si mesmo.

Como um céu nublado pode trazer tanto prazer? Chuva venha me fazer companhia, não fique só a me observar, não fique só a chorar sobre mim, traga de volta o que eu um dia deixei partir.

Elica Cardoso